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sábado, 7 de agosto de 2010
ÚLTIMO POEMA
Assim eu quereria meu último poema
Que fosse terno dizendo as coisas mais simples e menos intencionais
Que fosse ardente como um soluço sem lágrimas
Que tivesse a beleza das flores quase sem perfume
A pureza da chama em que se consomem os diamantes mais límpidos
A paixão dos suicidas que se matam sem explicação.
Com esses versos homenageamos o poeta Manuel Bandeira na passagem dos 40 anos de seu falecimento (13/10/1968).
Poema extraído do livro " Manuel Bandeira — 50 poemas escolhidos pelo autor", Ed. Cosac Naify – São Paulo, 2006, pág. 35.
Virilhice de Mirella
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